O FADO DE ONTEM E HOJE
- Jorge Amorim
- 24 de mar.
- 1 min de leitura
Vozes (que dispensam
Microfones) levam longe
O som de Lisboa
Cantam os fadistas
A música das tabernas
Tão bela, tão triste
Os fadistas cantam
como quem leva do poço
Água para casa
Os versos parecem
Saídos de um tempo líquido
Que chegou do mar
Versos que sugerem
O caminhar dos sapatos
De couro mais áspero
Um caminhar torto
Com tantos ais suspirados
E próprios do fado
O qual, apropriado
Pelo mundo pop, reexiste
No que lhe é próprio
De sina sinônimo
Ele é todo permanência
Cioso dos rituais
O fado parece
Por adiantado que seja
Sorrir para trás

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